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sou um pardal ateu e é isso...

quarta-feira, março 01, 2006

Exaustão

Cabeça pesada, ombros descaídos, olheiras, sonolência, cansaço acumulado... sensação de saturação...

O desgaste é corrosivo, a falta de sono é assassina do bem estar interno.

Os pensamentos começam a ficar desconexos, a articulação de ideias principía a falhar, os raciocínios tornam-se turvos e incoerentes.

As vontades, de imensas, passam a ténues e esparsas, qual lareira em que as chamas deixam de crepitar para apenas uma pequena combustão ir exaurindo a lenha lentamente.

O corpo agacha-se, o espírito aninha-se... a falência múltipla ganha terreno e espreita, aguardando uma oportunidade para açambarcar mais um ser, para devorar mais uma mente desprotegida.

A depressão quase se afigura como um bálsamo, a plenitude das faculdades mentais mais se apresenta como um desespero.

Haverá o tal ponto de não retorno? O ponto em que a lucidez se extingue definitivamente?

Ou será apenas o caso de a mão que nos ajuda a erguer ser a mesma que nos atirou ao chão no instante anterior? Ora, reerguer algo é bem trabalhoso.

E doloroso.

Saudoso o tempo do sono que trazia o sonho e o descanso. Agora só memórias, e a destruição de supostas verdades ilusórias.